sábado, 12 de janeiro de 2008

Todo mundo está contaminado?















07/01/2008
Todo mundo está contaminado?
Um estudo da Universidade de Granada, na Espanha, concluiu que todos os 387 voluntários da pesquisa estavam contaminados por substâncias tóxicas nocivas ao organismo. Os participantes tinham acumulado no corpo pelo menos 1% dessas substâncias, chamadas de poluentes orgânicos persistentes (POPs). Elas são produzidas na fabricação de certos tipos de plástico, de determinados herbicidas, inseticidas e fungicidas e na incineração do lixo. Sua presença cumulativa no organismo pode causar câncer e problemas neurológicos.

Os pesquisadores também coletaram dados sobre o modo de vida e os hábitos alimentares dos voluntários e perceberam que a ingestão de alimentos, principalmente de origem animal e ricos em gordura, estava associada a um maior nível de poluentes no organismo. Os participantes mais velhos também apresentaram maior concentração de poluentes no corpo, o que mostra a persistência dessas substâncias na natureza e seu potencial cumulativo.

(Marcela Buscato)

03/01/2008
Os metais que a gente respira

Todo mundo sabe que a queima de combustíveis fósseis aquece o planeta. E que o excesso de alguns gases na atmosfera prejudica a saúde da população. Na última semana um estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública de São Paulo mostrou algo que se imaginava, mas que ninguém ainda havia medido: a quantidade de partículas sólidas despejadas na atmosfera pelos veículos.

O nível de emissão está muito acima (cerca de 40%) do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. E não há nenhuma lei que estabeleça um limite, nem órgãos preparados para fazer a fiscalização dos automóveis, ônibus e caminhões mais antigos.

Ao inspirar partículas sólidas, o corpo retém parte delas. Muitas se alojam no sistema respiratório, causando mais que irritação. O mal de Alzheimer, por exemplo, está relacionado de alguma forma à presença de alumínio no organismo. O estudo revela que o alumínio foi um dos metais com maior ocorrência durante os testes.

Foram usadas gasolinas premium, adulterada e aditivada. A premium foi a que mais despejou resíduos sólidos na atmosfera, provavelmente pela característica de impedir a acumulação desses resíduos no motor. Na simulação com veículos movidos a etanol não houve variação significativa entre os tipos de álcool testados.

Estudos científicos já mostraram como a presença desses metais na atmosfera também prejudica as plantas. Nos grandes centros urbanos, mais de 500 espécies apresentaram alterações em suas formas durante o período de floração.

(Luciana Vicária)

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