sábado, 19 de janeiro de 2008

O Aëdes aegypti, pode transmitir a dengue e também a febre amarela

http://www.cva.ufrj.br/vacinas/fam-v.html
CVA
Centro de Vacinação de Adultos

Vacina contra a febre amarela (17D)
Fernando S. V. Martins & Terezinha Marta P.P. Castiñeiras
A vacina contra a febre amarela (17D) é elaborada com o vírus vivo atenuado, sendo produzida inclusive no Brasil (Rio de Janeiro). Em 95% das pessoas o efeito protetor (imunidade) ocorre uma semana após a aplicação.Confere imunidade por, pelo menos, 10 anos (provavelmente por toda a vida). Pode ser utilizada a partir dos 9 meses de idade. É aplicada por via subcutânea na região deltóidea (braço).
O Ministério da Saúde, desde 1998, está intensificando a vacinação contra febre amarela (anti- amarílica), que está incluida nos Calendários de Vacinação. A vacinação está prevista para crianças a partir de 9 meses de idade. A vacina é gratuita e está disponível exclusivamente na Rede Pública.
Os municípios com risco potencial para reintrodução da febre amarela (ou seja, todos onde ocorre dengue) devem procurar facilitar o acesso à vacinação, com prioridade para viajantes que tenham como destino as áreas de risco. O frasco tem 5 doses, o que facilita o atendimento em locais com demanda pequena. Nas cidades maiores, um certo número de Centros Municipais de Saúde (CMS), proporcional ao número de habitantes, deve estar apto a aplicar a vacina todos os dias para evitar um risco desnecessário de reintrodução da febre amarela.
No Rio de Janeiro, a vacina está disponível em todos os Centros Municipais de Saúde. Os Centros Municipais de Saúde, em geral, aplicam a vacina apenas em dias e horários pré-determinados, o que dificulta a vacinação de viajantes. Em todo o Brasil, a emissão do Certificado Internacional de Vacinação é feita apenas nos Postos da Anvisa. A vacina contra a febre amarela deve deve ser feita, pelo menos, dez dias antes da viagem.
As pessoas vacinadas nos Centros Municipais de Saúde recebem o Cartão Nacional de Vacinação, que é válido em todo território brasileirol. Se posteriormente necessitarem do Certificado Internacional deverão procurar um dos Postos da Anvisa munidas do Cartão Nacional. (ou seja, na maioria das vezes são obrigadas - sem nenhuma razão plausível - a procurarem dois locais diferentes apenas para obterem um documento que tem por base o emitido nos CMS). O Certificado tem validade por 10 anos, a contar a partir do décimo dia da primeira aplicação da vacina. Nas vacinações seguintes (feitas a cada 10 anos), o Certificado é válido no mesmo dia da aplicação, se apresentando junto com o anterior. Para a emissão do Certificado Internacional é imprescindível assinatura do viajante (o que torna obrigatória a sua presença) e a apresentação de:
• Cartão Nacional de Vacinação com data da administração da vacina, lote da vacina, carimbo e assinatura do profissional que realizou, e identificação da unidade de saúde.
• Documento de identidade oficial* com foto (carteira de identidade, passaporte, carteira de motorista válida etc).
• Certidão de Nascimento, para menores de idade.
* = exceto para a população indígena, que está dispensada da apresentação de documento de identidade.
Efeitos colaterais
A vacina geralmente produz poucos efeitos colaterais. É utilizada há mais de sessenta anos e efeitos colaterais graves (incluindo óbitos) são raros. Cerca de de 5% das pessoas pode desenvolver, 5 a 10 dias depois da vacinação, sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular, sendo infrequente a ocorrência de reações no local de aplicação. Reações de hipersensibilidade são muito raras e geralmente atribuídas às proteínas do ovo contidas na vacina. A ocorrência de encefalite é raríssima, tendo a maioria dos casos ocorrido em crianças vacinadas com menos de cinco meses de idade.
• Reação alérgica grave (anafilática) ocorre em aproximadamente 1 em cada 131.000 doses aplicadas.
• Reações no sistema nervoso central (encefalite) – cerca de 1 caso para cada 150.000 - 250.000 doses.
• Comprometimento de múltiplos órgãos com o vírus da febre amarela vacinal - aproximadamente 1 caso para cada 200.000 - 300.000 doses. Acima de 60 anos a incidência desta complicação é maior (cerca de 1 caso para cada 40.000 - 50.000 doses). Mais da metade dos indivíduos com febre amarela vacinal evoluem para o óbito.
Contra-indicações
• Crianças com 4 meses ou menos de idade, devido ao risco de encefalite viral (contra-indicação absoluta).
• Gestantes, em razão de um possível risco de infecção para o feto.
• Pessoas com imunodeficiências resultante de doenças ou de terapêutica: infecção pelo HIV, neoplasias em geral (incluindo leucemias e linfomas), Aids, uso de medicações ou tratamento imunossupressores (corticóides, metotrexate, quimioterapia, radioterapia), disfunção do timo (retirada cirúrgica ou doenças como miastenia gravis, síndrome de DiGeorge ou timoma).
• Pessoas que tenham alergia a ovos, uma vez que a vacina é preparada em ovos embrionados.
• Pessoas com alergia a eritromicina, um antibiótico que faz parte da composição da vacina.
• Pessoas com alergia a ghelatina, que faz parte da composição da vacina.
• Pessoas com antecedentes de reação alérgica a dose prévia da vacina anti-amarílica.
A decisão de vacinar pessoas que tenham contra indicações, inclusive crianças entre 5 e 9 meses de idade e mulheres amamentando (flavivírus podem ser eliminados junto com o leite), deve ser feita em bases individuais pelo médico. Devem ser analisados os riscos de aquisição da doença e os da imunização. É prudente adiar a vacinação de pessoas com febre (até que esta desapareça), casos de doenças agudas ainda sem diagnóstico e doenças crônicas descompensadas. Deve-se, em razão de possível interferência na indução de imunidade, postergar a aplicação em pessoas que fizeram uso recente de vacinas com vírus vivo atenuado (MMR, sarampo, rubéola, varicela) e também de vacina contra a cólera (não disponível no Brasil), respeitando-se um intervalo de 4 semanas. Recomenda-se também que as mulheres que tenham sido vacinadas evitem a gravidez por no mínimo 30 dias.

O Cartão de Vacinação é um documento de comprovação de imunidade, sendo responsabilidade das Unidades de Saúde emití-lo ou atualizá-lo por ocasião da administração de qualquer vacina. Deve ser guardado junto com documentos de identificação pessoal. É importante que seja apresentado nos atendimentos médicos de rotina e fundamental que esteja disponível nos casos de acidentes.
Atualizado em 30/12/2007, 09:59 h
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