quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Corporações disponibilizam publicamente “patentes ecológicas”
Diversas patentes ecológicas foram liberadas para domínio público pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e a IBM, em parceria com Nokia, Pitney Bowes e Sony.
As patentes empenhadas ao “Eco-Patent Commons”, como foi denominado, apresentam inovações concentradas nas questões ambientais e também em processos industriais ou de negócios em que a solução fornece um benefício ambiental. Por exemplo, uma empresa pode empenhar uma patente para um processo industrial que reduza a geração de resíduos perigosos, ou o consumo de energia e água. Já uma outra poderá compreender uma solução de compra ou logística que possa reduzir o consumo de combustível.
O portfólio do "Eco-Patent Commons" está disponível em um website público e exclusivo para esse fim, hospedado pelo WBCSD (http://www.wbcsd.org/web/epc).
“O Eco-Patent Commons oferece uma oportunidade de liderança única e significativa para as empresas fazerem a diferença, compartilhando as suas inovações e soluções em defesa do desenvolvimento sustentável”, disse o presidente do WBCSD,Bjorn Stigson. “O Eco-Patent Commons também oferece uma oportunidade para as empresas e outras entidades identificarem áreas de interesse comum e estabelecerem novos relacionamentos que possam levar a um desenvolvimento nas tecnologias patenteadas e em outras áreas”.
Os exemplos dos benefícios ambientais esperados para essas patentes incluem:
• A conservação de energia ou melhorias na eficiência energética ou de combustíveis
• A prevenção da poluição (redução de fontes geradoras e de resíduos)
• O uso de materiais ou substâncias ambientalmente preferíveis
• A redução no uso da água ou de materiais
• Ampliação das oportunidades de reciclagem
“A inovação para tratar de questões ambientais exigirá tanto a aplicação de tecnologia como também novos modelos para o compartilhamento da propriedade intelectual entre empresas em diversos segmentos de mercado”, disse o vice-presidente sênior e diretor da IBM Research, John E. Kelly III. “Como líder em patentes nos EUA por 15 anos consecutivos, com 3.125 patentes publicadas em 2007, a IBM está entusiasmada em disponibilizar suas patentes e colocá-las a serviço do meio-ambiente. Além de permitir que novos participantes se comprometam com a preservação ambiental, a livre troca de propriedade intelectual acelerará o trabalho no próximo nível de desafios ambientais. Nós encorajamos fortemente outras empresas a contribuir para o Eco-Patent Commons”.
A associação ao Eco-Patent Commons é aberta a todos os indivíduos e empresas que contribuam com uma ou mais patentes. Fica a critério de cada organização a seleção e a submissão das patentes a serem empenhadas. As empresas fundadoras e o WBCSD convidam outras empresas interessadas a se tornarem membros e a participarem desta iniciativa promovendo a inovação e a colaboração para ajudar a proteger o planeta.
O Eco-Patent Commons foi originalmente proposto na conferência Global Innovation Outlook (GIO) da IBM, que reuniu centenas de líderes empresariais, políticos, acadêmicos e de entidades sem fins lucrativos para discutir desafios sociais e de negócios, demonstrando o poder e os benefícios de modelos de inovação colaborativa e aberta.
“Este é o momento para as empresas unirem esforços para proteger o ambiente mais eficazmente, ao invés de tentar solucionar as questões sozinhas. Nós realmente acreditamos que este esforço conjunto representará um passo significativo e ajudará a transferir idéias e tecnologias inovadoras entre os diversos segmentos de mercado e além das fronteiras dos países desenvolvidos. Estamos entusiasmados para lançar essa plataforma e compartilhar tecnologias que resultarão em mudanças positivas no meio-ambiente”, afirmou o gerente geral do departamento de Responsabilidade Social Coportativa da Sony, Hidemi Tomita.
Para o diretor de Propriedade Intelectual da Nokia, Donal O’Connell, as questões ambientais têm grande potencial para ajudar a descobrir a próxima onda de inovações, já que induzem a pensar diferentemente sobre como fazer, consumir e reciclar.
(Carbono Brasil)
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