sábado, 2 de fevereiro de 2008

Chefe de mudanças climáticas da ONU define plano de mitigação


O secretário executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, Yvo de Boer, anunciou ontem, durante a conferência de Honolulu, um plano para melhorar a cooperação global na luta contra as mudanças climáticas.

A conferência de dois dias, a portas fechadas, conhecida como Encontro das Grandes Economias sobre Segurança Energética e Mudanças Climáticas, atraiu representantes das Nações Unidas, União Européia, assim como 16 das principais potências econômicas mundiais.

Os participantes estão debatendo algumas maneiras de mitigar as mudanças climáticas sem prejudicar o desenvolvimento.

“O que temos é um novo processo sobre uma ação cooperativa a longo prazo para as convenções e negociações, e temos que fazer ao menos três coisas,” disse De Boer.

“Primeiramente, definir para os países desenvolvidos compromissos sobre os limites apropriados das emissões, que sejam mensuráveis, descritíveis, e verificáveis e, para os países em desenvolvimento, ações de mitigação,” disse ele.

O segundo ponto é “determinar as ações essenciais para a adaptação aos impactos inevitáveis das mudanças climáticas e promover um desenvolvimento resistente ao clima”, adicionou.

Segundo De Boer o terceiro aspecto é “mobilizar a cooperação financeira e tecnológica necessária para apoiar estas ações também de maneira mensurável, descritível e verificável.”

O chefe climático da ONU disse que os participantes têm uma grande responsabilidade de tornar o mapa de Bali um sucesso.

Nas conversas climáticas de Bali, em dezembro passado, o governo dos Estados Unidos concordou em auxiliar no desenvolvimento de um novo acordo para substituir o Protocolo de Kyoto após 2012.

As negociações serão finalizadas em Copenhagen em 2009, dando às partes tempo para a ratificação do tratado que deverá entrar em vigor em 2012.

Os principais assuntos a serem discutidos ainda são “uma meta global a longo prazo para reduções dos gases do efeito estufa que seja consistente com os objetivos de desenvolvimento econômico,” segundo James Connaughton, presidente do Conselho da Casa Branca sobre Qualidade Ambiental.


Traduzido por Fernanda Müller, CarbonoBrasil

(Carbono Brasil/China View)

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